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31 de outubro de 2011

E a febre que não passa?

Graças a Deus a Alice ficou doente poucas vezes, então ainda não sei lidar emocionalmente com essa situação. Sexta feira (28) a noite começou uma febre que não sabiamos de onde vinha, pois ela não aparentava nenhum sintoma e estava brincando e muito alegre. A partir daí a febre só aumentava e quando passava o efeito do remédio, voltava.
Levamos ela à emergência e a médica falou que poderia ser gripe e que a febre era uma forma do corpo tentar matar os vírus ou bactérias intrusos. Provavelmente duraria de três a cinco dias.
Fiquei com muito medo de convulsão, então resolvi pesquisar mais sobre o assunto.
Hoje, estamos no terceiro dia de febre e o intervalo entre a febre e o efeito do remédio já aumentou bastante. Não estou precisando medicar de 6 em 6 horas. Se Deus quiser não vai voltar mais!
Mas, continuando sobre febre e convulsão:

FEBRE EM CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS

Meu filho está com febre. O que fazer?

Febre sempre deixa os pais preocupados, mas é importante lembrar que ela é um processo comum, que vai se repetir muitas vezes na vida da criança.
Tradicionalmente, considera-se febre uma temperatura acima dos 37 graus centígrados, observada num termômetro colocado embaixo do braço. Mas algumas crianças podem ter a temperatura mais alta, até 37,5 graus, mesmo que não haja nada errado. Por isso, os médicos consideram febre mesmo temperaturas acima de 37,5 graus (para alguns médicos, pode ser acima de 37,8). Entre 37 e 37,5 graus, a criança está subfebril, ou com uma febrícula.

Por que a febre aparece?

A febre, em geral, é uma indicação de que o organismo está combatendo algum tipo de infecção. Os macrófagos, células que patrulham o corpo, estão sempre em alerta. Quando encontram algo estranho -- como vírus, bactérias ou fungos --, eliminam o maior número que conseguem, e ao mesmo tempo pedem ajuda, mandando sinais para o cérebro elevar a temperatura do corpo.
Só essa elevação já é capaz de matar alguns tipos de bactéria. O processo também parece acelerar a produção de glóbulos brancos e de substâncias que matam os intrusos. Por isso, antes de se apavorar, é preciso lembrar que a elevação da temperatura faz parte do processo natural de combate à infecção, e ela em si não é necessariamente prejudicial.

Como faço para distinguir uma febre sem gravidade de uma mais grave?

Mais importante que a temperatura em si é o comportamento da criança. Se ela estiver com febre de até 38,5 graus, mas estiver comendo bem, brincando e tranquila, há menos razão de preocupação que no caso de uma criança com febre de 37,8 graus junto com choro inconsolável ou prostração.
Procure o médico se a febre estiver acima de 39,5 graus, ou se a criança estiver agindo estranho, muito abatida. Não deixe de mencionar qualquer outro sintoma para o pediatra, para que ele tenha mais dados para fazer um diagnóstico.
Fique de olho nos seguintes sintomas, que podem indicar algo mais grave:
• A criança apresenta manchinhas vermelhas na pele, que não clareiam quando você as aperta (você pode testar com um vidro), ou se tem manchas vermelhas grandes. Esses são sinais de uma infecção bacteriana grave.

• A criança tem dificuldade para respirar, ou está ofegante. Pode ser pneumonia.

Lembre-se: A temperatura do corpo costuma aumentar no início da noite, em geral, por isso é esperado que a febre piore um pouco nesses horários.
Para bebês de menos de 3 meses, as orientações são diferentes.
Caso você consiga baixar a temperatura de seu filho de 1 a 3 anos com antitérmicos (como o paracetamol, ibuprofeno ou dipirona), e ela não esteja muito abatida, você pode esperar pelo menos 24 horas para levá-la ao médico. Antes disso, é provável que o especialista não consiga fazer nenhum diagnóstico, e peça para você apenas observar o seu filho.
Evite levar a criança sem necessidade ao pronto-socorro, para não expô-la a outros vírus e bactérias num momento em que o organismo dela já está um pouco fragilizado.
Mas confie nos seus instintos e procure atendimento imediato se sentir que se trata de alguma doença mais grave.

Que tipo de termômetro devo usar?

O termômetro tradicional é o de vidro com uma coluna de mercúrio dentro. Ele é o usado como padrão pelos médicos, inclusive para comparação com o resultado de outros tipos de termômetro.
Por questões ambientais, porém, há campanhas contra o uso do termômetro de mercúrio, pois a substância é um metal pesado contaminante. Seu uso foi proibido em 2007 na União Européia (UE). Se você tiver um, pode continuar usando, mas tome cuidado para ele não quebrar e, caso quebre, coloque-o num posto de reciclagem para pilhas e baterias, não no lixo comum.
Os termômetros digitais custam por volta de R$ 15. Outra opção são modelos iguais aos tradicionais, mas sem a presença de mercúrio, que também não são mais caros que os normais.
Para medir a temperatura, coloque a pontinha metálica do termômetro embaixo do braço da criança, prestando atenção para que esteja em contato direto com a pele. Embaixo do braço forma-se um "buraco" (cavidade axilar) -- se a ponta do termômetro ficar lá, pode não encostar na pele e não medir a temperatura direito.
Espere cerca de quatro minutos, segurando o braço dela para o termômetro não escapar.
No caso de termômetros digitais, leia bem as instruções (há alguns que bipam quando terminam, outros que bipam enquanto medem, outros que apitam rápido demais porque são feitos para tirar a temperatura no ânus ou na boca, e não embaixo do braço). Tente entreter seu filho com um livro ou a TV enquanto tira a temperatura.

É interessante saber que um termômetro nunca ultrapassa a temperatura real. Por isso, a leitura não será incorreta se o termômetro ficar tempo demais embaixo do braço -- só o contrário. Se ele ficar tempo de menos, a temperatura indicada será menor que a real.
Existem também termômetros digitais que fazem a medição imediata pelo canal auditivo, no ouvido. A rapidez é um ponto positivo, mas a temperatura tende a ser mais elevada que a axilar, o que pode confundir os pais, e as medições podem variar bastante dependendo da posição. Além disso, eles custam até dez vezes o preço de um termômetro comum.
O preço também é a maior desvantagem dos termômetros infravermelhos digitais que medem a temperatura pelo contato com a pele da testa. A temperatura tende a ser mais alta que a do termômetro axilar, e as leituras podem variar.
Se você quiser utilizar algum desses termômetros mais modernos, uma boa dica é levá-lo numa consulta com o pediatra e pedir a ele que mostre a você como usar, e qual temperatura é considerada febre com aquele equipamento. Outra dica é "treinar" o uso quando a criança não está com febre, comparando com o resultado do termômetro tradicional.

Preciso baixar a febre a qualquer custo?

Você só precisa baixar a febre do seu filho se ele estiver se sentindo desconfortável demais (chorando o tempo todo, reclamando, vomitando), ou se ele já tiver tido uma convulsão febril alguma vez (leia abaixo sobre as convulsões).
Por um lado, o aumento da temperatura ajuda a combater os microorganismos que possam estar causando a infecção. Por outro, se a criança estiver se sentindo muito mal por causa da febre, vai ter dificuldade para beber e comer, e isso pode atrapalhar sua recuperação.
Nunca dê aspirina a crianças de menos de 16 anos, porque o ácido acetilsalicílico já foi ligado a uma síndrome rara, que pode ser fatal, a síndrome de Reye. Além disso, esse tipo de medicamento pode causar problemas estomacais e hemorragias, porque afeta a coagulação do sangue.
Durante a febre, mantenha seu filho vestido com as roupas adequadas para a temperatura ambiente, nem agasalhado demais nem de menos. Capriche na ingestão de líquidos. Uma criança com febre pode ficar desidratada só pela transpiração, mesmo que não esteja com diarréia ou vômitos.
Quando a criança está desidratada, o uso de antitérmicos é menos eficaz e pode ser até mais tóxico. Além disso, bem hidratada, ela reage melhor às doenças. Portanto abuse dos líquidos.
Você também pode dar um banho morno. Se tiver dado um antitérmico, pode dar o banho cerca de 40 minutos depois. Mas o banho não é imprescindível -- só dê se você achar que seu filho vai se sentir melhor. É melhor baixar a temperatura aos poucos que muito rápido. O banho precisa ser confortável para a criança, e nunca use álcool, nem no banho nem em compressas (como se fazia antigamente).

O que é a convulsão febril?

Quando a temperatura da criança sobe muito rápido, pode acontecer de ela ter uma convulsão: fica pálida, os músculos ficam rígidos ou ela faz movimentos estranhos, e às vezes perde a consciência. A convulsão febril assusta muito, mas não costuma deixar nenhuma sequela.
Se por acaso seu filho tiver uma convulsão, você não precisa segurar a língua dele. Ele não vai engoli-la. Apenas tire alguma coisa que esteja em sua boca, como chupeta ou alimentos. Não o segure, mas tente mantê-lo com a cabeça de lado, para evitar o risco de ele engasgar com a saliva ou com um possível vômito.
Um dado que ajuda bastante o médico é saber quanto tempo a convulsão durou. Portanto, se conseguir, olhe no relógio. Normalmente essas crises só duram 20 segundos, e é raro passarem de dois minutos. Se quatro minutos passarem e a convulsão não acabar, a criança deve ser levada para o pronto-socorro.
Se a convulsão tiver passado e a criança estiver agindo normalmente, não é preciso correr para o hospital. Mas telefone para o médico imediatamente e procure orientações. Ele pode querer fazer algum exame complementar.
Os episódios de convulsão normalmente acontecem entre os 6 meses e os 6 anos de idade, mas são mais comuns antes dos 2 anos. A criança tende a ter convulsão uma vez só (felizmente!), e há indícios de componente familiar: se o pai ou a mãe tiveram convulsão febril quando crianças, a probabilidade de o filho ter é maior.

Fonte: Baby Center



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